segunda-feira, 16 de maio de 2011

Às Sete

Aconteceu. Desprovido, descalço, imaturo. Aconteceu. Não, não aconteceu nada, mas, aconteceu alguma coisa, algo lá no fundo, algo que eu nem sei dizer se é verdade. Algo que a gente nem sabe.

Tu tinhas mania de me encher de graça em olhar àqueles cintilantes castanhos. Pregavas-me uma peça enorme, pegavas-me de surpresa e aquilo inundava dentre segundos escorridos. E mesmo que o ônibus lotasse, algo lá dentro, avisava que você subiria na próxima parada, só pra me ver. E nem falávamos mas era tudo explicitamente introspectivo, dentro, conjunto, nu.

Alguém que nasceu entre olhares e outros, comuns, desprevenidos. Cativantes, sorrisos. Eu não quero passar nunca do meu horário, nunca perderei o ônibus que passa às sete.

(Matthews Rocha)

1 comentários:

Matthews Rocha disse...

Obrigado pelo privilégio!

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Às Sete

Aconteceu. Desprovido, descalço, imaturo. Aconteceu. Não, não aconteceu nada, mas, aconteceu alguma coisa, algo lá no fundo, algo que eu nem sei dizer se é verdade. Algo que a gente nem sabe.

Tu tinhas mania de me encher de graça em olhar àqueles cintilantes castanhos. Pregavas-me uma peça enorme, pegavas-me de surpresa e aquilo inundava dentre segundos escorridos. E mesmo que o ônibus lotasse, algo lá dentro, avisava que você subiria na próxima parada, só pra me ver. E nem falávamos mas era tudo explicitamente introspectivo, dentro, conjunto, nu.

Alguém que nasceu entre olhares e outros, comuns, desprevenidos. Cativantes, sorrisos. Eu não quero passar nunca do meu horário, nunca perderei o ônibus que passa às sete.

(Matthews Rocha)

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Obrigado pelo privilégio!

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