sábado, 21 de janeiro de 2012

Todos os Dias

De todos os dias, eu escolho esses,
Que me fazem sentir dor, medo;
Sentir as lágrimas que buscam abrigo entre meus lábios.
Desses dias, posso caminhar pela chuva,
Pelo sol, em dia nublado;
Ou simplesmente caminhar.
Dias desses,
Que me esconde em seus ponteiros
E que me leva a mastigar meu suor,
Meu pranto e minha dor.
Quem desses, me rasga a pele,
Sangra o chão
E morre sentado a beira de algum lugar?
Nesses dias, eu brinco de ser alguém,
De ser um e de ser todo mundo;
Mesmo sabendo que é embriaguez sofrer;
Mesmo sabendo,
Que estou cansado e bêbado em ser.
Cace-me nessas noites sujas,
Roube-me de algum lugar
E coma dessa carne enrijecida pelo tempo.
Desses dias eu quero a lágrima, o cheiro,
As coisas para me proteger,
Para me libertar e me prender
De todas essas buscas de apenas um céu.
Estou exausto de todos os dias, e,
Intensamente entorpecido pelos cansaços. 

(Joel Borella

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sábado, 21 de janeiro de 2012

Todos os Dias

De todos os dias, eu escolho esses,
Que me fazem sentir dor, medo;
Sentir as lágrimas que buscam abrigo entre meus lábios.
Desses dias, posso caminhar pela chuva,
Pelo sol, em dia nublado;
Ou simplesmente caminhar.
Dias desses,
Que me esconde em seus ponteiros
E que me leva a mastigar meu suor,
Meu pranto e minha dor.
Quem desses, me rasga a pele,
Sangra o chão
E morre sentado a beira de algum lugar?
Nesses dias, eu brinco de ser alguém,
De ser um e de ser todo mundo;
Mesmo sabendo que é embriaguez sofrer;
Mesmo sabendo,
Que estou cansado e bêbado em ser.
Cace-me nessas noites sujas,
Roube-me de algum lugar
E coma dessa carne enrijecida pelo tempo.
Desses dias eu quero a lágrima, o cheiro,
As coisas para me proteger,
Para me libertar e me prender
De todas essas buscas de apenas um céu.
Estou exausto de todos os dias, e,
Intensamente entorpecido pelos cansaços. 

(Joel Borella

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